Translate

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Teresa Cristina. Mesmo sem saber para quando, os planos estão aí



Mesmo sem saber para quando, os planos estão aí
Teresa Cristina 
– Jornalista, coordenadora de Redação da Secom Maceió


Quatro meses e a contar... Poderia dizer que hoje é só mais um dia, mas li na Internet e concordei que o otimismo manda avisar que é um dia a menos. E assim tem sido o meu exercício diário: reforçar um otimismo que há dentro de mim desde sempre, mas que tem fraquejado ao longo desta loucura toda.

Antes de tomarmos pé da pandemia, localmente falando, vivi a pior dor da vida, com a perda do meu pai no mês de fevereiro. Um mês e poucos dias depois ficamos anestesiados com a notícia de que teríamos de trabalhar de casa, evitar encontros, abraços e usar máscaras. Mas eu, otimista, não acreditava que isto ia durar tanto, mesmo sabendo do que estava acontecendo na China e na Europa. Falando no Velho Continente, tenho amigos e parentes por lá, e as notícias eram as piores possíveis chegando também por meio destas pessoas tão queridas. 

Encomendei máscaras, coloridas e alegres, pra trazer alguma cor para este momento. Falando nisso, o primeiro dia que fui ao supermercado perto de casa após a obrigatoriedade do uso de máscara, pelo decreto governamental, foi um choque. Senti um nó na garganta ao ver as pessoas usando no caminho até lá, que é bem curtinho, menos de cinco minutos a pé. Esta agonia me tomou também quando vi a nossa orla tão linda toda gradeada.

Para o teletrabalho, organizei uma mesinha, geralmente usada para colocar bebidas e petiscos em dias de petit comité para os amigos aqui em casa. Meu companheiro notebook de 10 anos trabalhou bastante neste período, mas agora ganhou uma folga. Esta nova maneira de exercer a minha profissão também é desafiadora. Sento diariamente em frente ao computador e nem vejo a hora passar. Nas primeiras semanas, finalizei minhas missões diárias muito além do horário que costumava ter presencialmente. Ao terminar, meu objetivo é me desligar porque, como jornalista, termino vivendo esta pandemia cada segundo do dia. Não tenho conseguido, apesar de me prometer isto cada dia ao acordar. Ah, sobre a mesinha de trabalho, deixei-a perto da janela da sala, de onde posso espiar o mar, que é o meu lugar favorito no mundo. 

Para o mês de abril, tinha uma viagem para São Paulo com dois dos meus melhores amigos. Foi adiada. Íamos comemorar o aniversário de um deles. O outro amigo deveria se mudar para trabalhar em outro estado e eu já sofri de pensar que não conseguiria abraçá-lo na despedida. 

Sinto muita falta de tudo, da minha família (quase todos fizeram aniversário neste período e é triste que não pudemos comemorar), dos meus amigos, do trabalho presencial e da minha rotina. Nos primeiros dias em que não tinha academia pra ir às 7 da manhã ou os preparativos para sair de casa e trabalhar no segundo horário, tentei manter a mesma programação de antes. Treinos com muita motivação em casa e tudo o que se seguia até a hora de me encaminhar para a redação. Mas o tempo vai passando e as boas novas não chegam, pelo contrário. Passei a acordar mais tarde, tenho feito o treino por obrigação, muitas vezes para cumprir tabela. Fiz umas aulas para melhorar o meu Inglês e participei de uns desafios. Deu certo, estava motivada. Comecei a estudar Francês, deu preguiça, mas voltei e agora parece que estou empolgada de novo. 

Não sei cozinhar, mas preciso porque moro sozinha. Tenho me arriscado com umas coisas mais simples e saudáveis (para compensar que as minhas refeições estão todas desreguladas) e amo cada vez mais a minha airfryer (apenas tenham também). De vez em quando tomo um vinho rosé frisante bem gelado ou uns drinks que tenho inventado. Tenho visto séries e filmes, mas muito de vez em quando. 

E tenho me estressado muito, muito além do usual com a falta de responsabilidade e cuidado das pessoas. Chorado também. Já briguei pelas redes sociais e com pessoas próximas. Baixei um aplicativo de meditação para me ajudar nesta missão de abstrair as coisas que não posso mudar, mas também abandonei. Vou retomar!

Chamada de vídeo é o novo normal igual ao uso de máscaras. Pode parecer impessoal no começo, mas não há outro jeito. Já fiz inúmeras e sigo fazendo, sejam de trabalho ou até para jogar “Eu nunca”, com cada um no seu quadrado. 

Mas mesmo diante de tudo isso e sem saber quando teremos nossa vida de volta (já que depende da vacina), tenho me sentido muito acolhida, porque isto nunca teve a ver com presença física (sempre tive certeza disso).

Fortaleci alguns laços e criei novos também. Tenho recebido afeto de longe e de muito longe (e tenho gostado) pela tela do celular e sou feliz por isso. Recebi bolo e pudim em casa. Tenha amigos e pessoas que gostam e se importam com você, seja lá onde elas estiverem. Agora, mais do nunca, isto não importa, já que relações não são apenas físicas mesmo. 

Semana passada, após quatro meses, fui à praia, porque, com todos os cuidados, o acesso foi liberado. Eu, que amo o mar, fiquei meio encantada de ver aquilo ali de novo. Estranho, mas foi bem assim.
Tem um monte de coisa que quero fazer depois que isso passar. Sim, tenho planos e eles são a maneira de reforçar em mim que tudo vai ficar bem e até lá, a gente precisa segurar a onda, mesmo quando parece impossível.

Quem é

Teresa Cristina é jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas e pós-graduada em Assessoria de Comunicação e Marketing pelo Cesmac. Atuou no jornalismo impresso e online. Atualmente é uma das coordenadoras de redação da Secretaria Municipal de Comunicação de Maceió. (Elen Oliveira)


Memória da Pandemia nas Alagoas


Elen Oliveira 


Quando eu ingressei na Ufal, em 1991, o professor Luiz Savio de Almeida já era uma lenda. Nos corredores do antigo CHLA, hoje ICHCA (Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte), ele se postava a dar conversa a quem se aproximasse com a mesma atenção que dedicava a palestras, mesas de discussão e entrevistas. Entre 2008 e 2009, trabalhamos junto no antigo O Jornal, onde ele propôs a abertura de um espaço dialógico da universidade com a sociedade, por meio da publicação de artigos acadêmicos. Entusiastas do debate e da pluralidade, o então diretor, Gabriel Mousinho, e o então editor-geral, Roberto Tavares,  cederam espaço ao Espaço, nome dado ao suplemento quinzenal publicado entre setembro de 2008 e 2012, quando o veículo foi extinto. À época editora-executiva e de Suplementos, eu editei a publicação até 2009 com Alexsandra Vieira, que era editora do caderno de Cultura, o Dois. Reformulado, tornou-se posteriormente Contexto, no jornal Tribuna Independente, até materializar-se em Campus, o suplemento semanal que é veiculado no jornal O Dia e reproduzido n’o Campus do Savio, o blog de múltiplas falas com o qual colaboro esporadicamente.
 O longo parágrafo de introdução foi escrito para contar como chegamos a Jornalistas e a Pandemia, proposto pelo professor Savio como parte do projeto Memória da Pandemia nas Alagoas, que ele está a construir desde abril e que reúne relatos vindos de representantes dos povos indígenas, artistas, intelectuais e integrantes de áreas diversas sobre o atual momento. Ele propôs, e eu aceitei, que organizássemos uma seção para compor essa construção feita a muitas mãos. “Quero deixar um imenso painel para um pesquisador no futuro”, informa o pesquisador, que há tempos constrói fundamental acervo da memória sobre Alagoas.
O blog pode discordar no todo ou em parte do material que publica


Enio Lins. Indesejado encontro




Indesejado encontro

Enio Lins – Jornalista, chargista, secretário de Estado da Comunicação

Tentei me esconder do coronavírus por meses, mas ele me encontrou. Nos dias 23 e 24 de maio os exames positivaram para o Covid19.

Felizmente, as consequências desse indesejado encontro ficaram no campo da grande maioria, ou seja: sintomas leves e possibilidade de tratamento em casa.

Provavelmente a covid me chegou via os documentos que assinava cotidianamente achando que estava isolado. Não apareceram os tais sintomas típicos, tive estados febris e não febre propriamente dita, perdi o apetite, mas mantive paladar e olfato, pigarreava ao falar, mas não tossia, não senti falta de ar, mas a pneumonia viral rapidamente ocupou 25% dos dois pulmões. Eu me tratei com Azitromicina combatendo a infecção pulmonar e com remédios simples para os estados febris e eventuais dores de cabeça e ouvido. O mais marcante, no meu caso, foram duas semanas de prostração – não tinha disposição nem forças para nada, não aguentava cinco minutos escrevendo ou desdenhando; qualquer andada de dez metros parecia uma meia-maratona.

Enfim, coisa de 15 dias depois de os primeiros sintomas aparecerem, desapareceram. Meu teste sorológico depois da quinzena viral deu reagente em IgM e IgG – até onde entendi as explicações dos imunologistas, as defesas internas temporárias ainda estavam alerta (certamente tentando dar cabo de algum vírus recalcitrante), mas a imunidade específica contra o coronavírus estava estabelecida. Recebi alta com a recomendação de me manter em repouso por mais uns 20 dias para ajudar os velhos pulmões a se recuperarem melhor das cicatrizes deixadas pela covid.

Aos poucos estou voltando às atividades cotidianas presenciais, ao novo anormal: mascarado e armado com espargidores de álcool 70%, cumprimentando a cotoveladas e mantendo distância das pessoas. Seguimos na luta!


Quem é 
 Atual secretário de Comunicação do Estado de Alagoas, Enio Lins nasceu e vive em Maceió, onde se profissionalizou como jornalista na Tribuna de Alagoas, em 1979, abandonando a arquitetura. Arquiteto por formação e engajado na defesa da atividade jornalística em Alagoas, foi diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais e da Sucursal Alagoas da Tribuna Operária, tendo colaborado com várias publicações alternativas alagoanas.

Na política, participou de movimentos sociais, foi vereador por Maceió em 1988, primeiro secretário de Cultura de Maceió (1993-1994) e secretário estadual da Cultura de 1995 a 1996, período em que coordenou, em Alagoas, a programação nacional alusiva ao Tricentenário de Morte de Zumbi dos Palmares, em novembro de 1995. O ato trouxe a Alagoas importantes representantes da política de igualdade racial no Brasil e na África e foi encerrado com grandioso ato afirmativo da cultura afro-brasileira na Serra da Barriga, em União dos Palmares.

Em 1996, retomou a atividade jornalística. Trabalhou como editor-adjunto do jornal Gazeta de Alagoas e coordenador editorial da Organização Arnon de Mello. Nesse período, escrevia uma página diária de serviços e cultura. Em 1998, retornou à charge política e ilustrações de humor e em 2000 publicou o livro Miolo de Pote, uma coletânea de textos e traços publicados no jornal. 

Em março de 2016, tornou-se sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), do qual era sócio benemérito desde 1997. No mesmo ano, por indicação do ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, foi condecorado, em Brasília, com a Medalha do Pacificador. A honraria é uma das mais antigas concedidas pelo Exército Brasileiro a civis e militares. Em agosto de 2019, foi homenageado em sessão solene da Assembleia Legislativa de Alagoas com a primeira Comenda Jornalista Audálio Dantas, criada pelo deputado estadual Davi Davino Filho, em 2018, para homenagear as personalidades que se destacam na comunicação alagoana.

Quando foi acometido pelo coronavírus em junho dete ano, e precisou ficar em quarentena total, o jornalista Enio Lins adaptou a pauta espontaneamente assumida à própria convalescença, tornando-se, mais que observador, personagem do assunto que mobiliza o mundo desde janeiro de 2020.(Elen Oliveira)


Memória da Pandemia nas Alagoas


Elen Oliveira 


Quando eu ingressei na Ufal, em 1991, o professor Luiz Savio de Almeida já era uma lenda. Nos corredores do antigo CHLA, hoje ICHCA (Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte), ele se postava a dar conversa a quem se aproximasse com a mesma atenção que dedicava a palestras, mesas de discussão e entrevistas. Entre 2008 e 2009, trabalhamos junto no antigo O Jornal, onde ele propôs a abertura de um espaço dialógico da universidade com a sociedade, por meio da publicação de artigos acadêmicos. Entusiastas do debate e da pluralidade, o então diretor, Gabriel Mousinho, e o então editor-geral, Roberto Tavares,  cederam espaço ao Espaço, nome dado ao suplemento quinzenal publicado entre setembro de 2008 e 2012, quando o veículo foi extinto. À época editora-executiva e de Suplementos, eu editei a publicação até 2009 com Alexsandra Vieira, que era editora do caderno de Cultura, o Dois. Reformulado, tornou-se posteriormente Contexto, no jornal Tribuna Independente, até materializar-se em Campus, o suplemento semanal que é veiculado no jornal O Dia e reproduzido n’o Campus do Savio, o blog de múltiplas falas com o qual colaboro esporadicamente.


O longo parágrafo de introdução foi escrito para contar como chegamos a Jornalistas e a Pandemia, proposto pelo professor Savio como parte do projeto Memória da Pandemia nas Alagoas, que ele está a construir desde abril e que reúne relatos vindos de representantes dos povos indígenas, artistas, intelectuais e integrantes de áreas diversas sobre o atual momento. Ele propôs, e eu aceitei, que organizássemos uma seção para compor essa construção feita a muitas mãos. “Quero deixar um imenso painel para um pesquisador no futuro”, informa o pesquisador, que há tempos constrói fundamental acervo da memória sobre Alagoas.


 






O blog pode discordar no todo ou em parte do material que publica



Niviane Rodrigues e Raíssa França Lições de força e coragem – reinvenção na pandemia

Niviane
Raissa


Lições de força e coragem – reinvenção na pandemia
Niviane Rodrigues e Raíssa França 
– Jornalistas e cofundadoras do Portal Eufemea

A vontade de empreender e de criar algo que fizesse a diferença nas nossas vidas e nas vidas das outras pessoas veio antes mesmo da pandemia. Sabíamos que queríamos algo voltado para o jornalismo e também para algo que entendíamos: o ser mulher. Entretanto, mesmo com nossos sonhos se entrelaçando antes do isolamento, foi apenas três dias após o decreto governamental em Alagoas que o Eufemea nasceu.

Estávamos na nossa primeira e última reunião presencial com as nossas mentoras da Arca para Mulheres. Não imaginávamos que o Eufemea nasceria naquele dia. Tão cheio de força. Foi amor à primeira vista. Somos o primeiro site de conteúdo feminino do Nordeste. Com o lema ‘nós sabemos’, entendemos que naquele dia 12 de março, a nossa vida mudaria. 

Fazíamos planos de trabalho e de como tocaríamos o projeto dali para a frente. Saímos da reunião saltitantes de tanta felicidade, afinal víamos se concretizar aquilo que conversávamos por alguns meses até aquela data. Para a semana seguinte, programamos fazer uma sessão de fotos, um book nosso que seria utilizado na divulgação do trabalho, em todo o conteúdo digital, no mídia kit e nas campanhas que pretendíamos fazer dali para a frente. 

Programamos ainda um encontro com a empresa que iria fazer o nosso site, já que o projeto consiste em convergência de mídias. Todos os conteúdos são postados nas redes sociais Instagram, site, Twitter e Facebook, que caminham juntos. O encontro presencial com os responsáveis pela empresa também não foi possível. Veio a pandemia e tivemos que cancelar as fotos, a reunião com a empresa de site, os encontros com nossas mentoras e o lançamento presencial do portal. A pandemia mudou tudo e tivemos que nos readaptar.

Nem mesmo os brindes que havíamos programado para distribuir com nossas seguidoras e potenciais clientes puderam ser feitos como programamos. Com o fechamento do comércio, lojas não conseguiram repor estoques e os mimos por nós escolhidos já não estavam mais disponíveis no mercado. Foi preciso pensar em uma nova forma de dizermos que estávamos lançando nosso site.

De repente, nós duas precisamos transformar o nosso dia a dia em milagres diários. Precisamos adaptar o nosso novo modo de vida com o que a pandemia nos privava. Precisamos nos reinventar: utilizar as mídias sociais para nosso lançamento virtual, as reuniões online e até os vídeos que fizemos foram à distância.

Também precisamos correr contra o tempo para a produção das matérias, as entrevistas e reportagens, já que não poderíamos mais ter o contato presencial com nossas fontes. As ferramentas utilizadas teriam que ser totalmente digitais. Recorremos ao WatsApp, direct do Instagram  e email para enviar as perguntas e receber as respostas, fotos e todas as imagens usadas nas nossas postagens. 

Assim foi também com as nossas mentoras, que passaram a nos atender, orientar e tirar dúvidas por chamada de vídeo, inclusive na elaboração da planilha de postagens, até a conclusão da consultoria, que durou três meses.

Mudou tudo em nossa vida e nos planos, mas não a determinação de seguir, de concretizar o sonho. No dia 17 de junho, por meio virtual, lançamos o www.eufemea.com. Com o tempo, e o avanço da pandemia, as matérias naturalmente acabaram tomando o direcionamento da informação sobre os casos. Como nosso conteúdo é voltado para o público feminino, é nas mulheres que concentramos as histórias de luta contra a Covid-19, de superação, mas também de dor e perda, que têm sido muitas. 

Com o tempo, e a aprovação ao nosso trabalho, tem sido cada vez mais frequente que mulheres nos procurem solicitando espaço para falar de suas alegrias e dores na pandemia. 

Uma das nossas primeiras matérias foi com uma médica recém-formada que colou grau antecipado em uma instituição em Maceió. A matéria da Jade inspirou muitas mulheres, já que uma menina nova, médica, estava indo para a linha de frente. Entrevistamos enfermeiras que relataram a dor de um plantão exaustivo e que carregavam consigo as marcas no rosto. Choramos com relatos de pessoas que contavam como era ser contaminado pela Covid, como era trabalhar na linha de frente ou perder alguém.

Tiramos da pandemia algumas lições. Tivemos altos e baixos, mas não perdemos a vontade de crescer, de contar histórias, de fazer a diferença. Das lições da pandemia, destacamos duas: você não sabe como será seu próximo segundo, então viva o agora; e reinvente-se, saia da sua zona de conforto.

Quem são

Niviane Rodrigues é jornalista pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com ampla experiência em reportagem e assessoria de imprensa. Cofundadora do portal Eufemea, trabalhou como repórter de Política do jornal Gazeta de Alagoas e como assessora de comunicação no Governo de Alagoas.

Raíssa França é jornalista pelo Centro Universitário Tiradentes (Unit), com experiência em assessoria de comunicação, marketing, redes sociais e redação. Cofundadora do portal Eufemea, também escreve contos e crônicas no blog www.omundoderaissafranca.com

Memória da Pandemia nas Alagoas


Elen Oliveira 




Quando eu ingressei na Ufal, em 1991, o professor Luiz Savio de Almeida já era uma lenda. Nos corredores do antigo CHLA, hoje ICHCA (Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte), ele se postava a dar conversa a quem se aproximasse com a mesma atenção que dedicava a palestras, mesas de discussão e entrevistas. Entre 2008 e 2009, trabalhamos junto no antigo O Jornal, onde ele propôs a abertura de um espaço dialógico da universidade com a sociedade, por meio da publicação de artigos acadêmicos. Entusiastas do debate e da pluralidade, o então diretor, Gabriel Mousinho, e o então editor-geral, Roberto Tavares,  cederam espaço ao Espaço, nome dado ao suplemento quinzenal publicado entre setembro de 2008 e 2012, quando o veículo foi extinto. À época editora-executiva e de Suplementos, eu editei a publicação até 2009 com Alexsandra Vieira, que era editora do caderno de Cultura, o Dois. Reformulado, tornou-se posteriormente Contexto, no jornal Tribuna Independente, até materializar-se em Campus, o suplemento semanal que é veiculado no jornal O Dia e reproduzido n’o Campus do Savio, o blog de múltiplas falas com o qual colaboro esporadicamente.

O longo parágrafo de introdução foi escrito para contar como chegamos a Jornalistas e a Pandemia, proposto pelo professor Savio como parte do projeto Memória da Pandemia nas Alagoas, que ele está a construir desde abril e que reúne relatos vindos de representantes dos povos indígenas, artistas, intelectuais e integrantes de áreas diversas sobre o atual momento. Ele propôs, e eu aceitei, que organizássemos uma seção para compor essa construção feita a muitas mãos. “Quero deixar um imenso painel para um pesquisador no futuro”, informa o pesquisador, que há tempos constrói fundamental acervo da memória sobre Alagoas.

 



O blog pode discordar no todo ou em parte do material que publica






Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Campus do Sávio Almeida

PESQUISE AQUI