sábado, 2 de maio de 2020

Luciano Ramos. “Mc’s contra o COVID no gueto”. Memória da pandemia em Alagoas (XXVI)



“Mc’s contra o COVID no gueto”
Luciano Ramos


Remake! Sem make dessa vez, may day!
News, Fakes, Resident Evil saiu das versões filmes e games,
“To be continued” em Racoon City?
Não, Favela mesmo, “gentlemans e ladies”,
Manchetes do mês ou da vida “Pobre é cruz com peso de bigorna”, spam chinês!
Direcionando sem “Error 404”, chacinas biológicas,
Matemática científica exata no uso da  morte lógica,
O epicentro é o gueto, o centro é a Umbrella Corporation,
O inferno é o mesmo para pretos ou quase todos pretos,
Alcool virou amuleto, aliás, sempre foi pra aliviar o medo,
Dentro dos barracos tem espaço pra mais um nesse aperto,
Seja bem vinda Corona e deleite-se do seu leito,
Quem come mal, dorme menos, mora longe e trabalha mais tempo?
Quem adivinhar ganha um respirador ou um enterro,
Entendo a prioridade do CEP, é o colapso da raça,
Mas não morram plebe! Fiquem vivos até a eleição, é a garantia da mamata,
Abram alas para o baile de máscaras, notícias da série,
Pais de família são zumbis figurantes na próxima temporada de “Walking Dead”.



Biografia

Sou Luciano Ramos, utilizando da alcunha “Atípico” para externar minhas influências, arte, lírica e anseios.
Iniciei no rap em meados de 2001, porém, quase 20 anos de carreira e com muitos serviços prestados para os
ouvidos e cérebros mundanos.
Iniciei em parceria com o produtor PH, o projeto Clandestinos em 2003, esse projeto teve grande relevância durante uma década, várias formações, prêmios e uma agenda de shows até bem composta para o que era o rap no início do século;  com o Clandestinos fomos o primeiro grupo ou artista de rap em Alagoas a ficar entre os 5 primeiros candidatos no maior festival de música do estado, o FEMUFAL, numa concorrência com mais de 200 inscritos no festival.
No término do Clandestinos, me juntei com Vitor Pirralho e DJ TXU e fundamos o Coletivo Nervozes, banda que também teve uma boa contribuição na cena artística alagoana e até, em alguns pontos do país, surgiram parceria memoráveis nessa época com artista de renome nacional, como, Fernanda Abreu, Tonho Crocco, Sonic Junior, Luiz Caldas, Cannibal, XIS, Cris Braun e outros, lançamos dois EPs, um em 2012 e outro em 2018, EPs que são encontrados no YouTube.
Entre Clandestinos e Nervozes nunca parei de criar e fazer participações com outros artistas;  fiz participações com Panzon, Dabliueme, Unidade Nova Praia, Vitor Pirralho, Dread, Sonic Junior, Tonho Crocco.
Fundei em 2016 o projeto “Liga Paralela” com grandes nomes da música e do rap nacional;  formou a gang:  Funkero, DJ PG, Aori, Lurdez da Luz, De Leve, Egypcio (Ex-Tihuana) e Pinguim (Ex-Charlie Brown).
A Liga Paralela ainda existe; atualmente,  está em modo “stand by”.
A partir daí,  comecei a produzir singles solo e produzir meu primeiro EP (ainda está em produção);  esse EP já tem nome, “Atípico tropical lírico” e nele vai conter 5/6 faixas, trabalhando com produtores diferentes, participações e com todo conteúdo depositado nas plataformas digitais.

Projeto Memória da Pandemia nas Alagoas
Coordenação
Luiz Sávio de Almeida e José Carlos Silva de Lima
O blog pode concordar ou não, em parte e no todo, com a matéria publicada
 A série de mcs é coordenada por Wull Grind